EDUCAÇÃO
}Projeto de
royalties aprovado destinará dez vezes mais para-educação
O
projeto de lei aprovado na Câmara para destinação dos royalties do petróleo
para Educação
garantirá, se aprovado também no Senado, cerca de dez vezes o valor que estava
previsto no texto original enviado pelo governo federal. A principal mudança é
que contratos de exploração já licitados, mas que ainda não haviam começado a
produzir, terão 50% dos recursos destinados à educação pública.
Pelo
projeto enviado pelo governo em maio, 100% dos juros de aplicação feita com o
rendimento do petróleo iriam para Educação. Isso caiu para 75% e os demais 25%
irão para a Saúde. Por outro lado, a proposta de destinar metade dos recursos
de contratos futuros - que não resultaria em dinheiro na próxima década porque
a exploração do pré-sal já foi licitada - foi modificada para que toda nova
produção, ainda que de contratos antigos, destine metade do dinheiro arrecadado
para o Ministério da Educação.
Com
isso, o cálculo da Câmara dos Deputados é que até 2022, a pasta terá mais R$
280 bilhões contra R$ 25 bilhões na proposta enviada pelo governo federal. O
relator do projeto aprovado, deputado André Figueiredo (PDT), afirma que o
modelo estava sendo discutido desde maio, quando a presidente Dilma Rousseff
enviou o texto original à Câmara, mas admite que as manifestações ajudaram a
aprovar o projeto por unanimidade em plenário. "Mesmo partidos da base e o
próprio PT aprovaram quando viram os valores que seriam destinados à educação
em um e outro modelo", comentou.
O
texto também prevê que o dinheiro só pode ser destinado à educação pública.
Esse é um passo importante para que a meta 20 do Plano Nacional de Educação
(PNE), que trata das ambições do País para a área nos próximos 10 anos seja 10%
do PIB para educação pública e não 10% para educação gratuita, como o governo
queria para incluir na conta verba gasta para compra de vagas em instituições
particulares, como é feito por programas como Fies, Prouni e Ciência Sem
Fronteiras.
Campanha comemora
A
Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que agrega dezenas de entidades
representativas, lembrou que o projeto do PNE com 10% para educação foi
aprovado nesta mesma data no ano passado e a destinação dos royalties nos
termos da proposta da Câmara dos Deputados viabiliza todas as metas.
"Na
vitória de hoje, fortalecido pela onda de manifestações que tomaram todo o
país, o movimento educacional não arredou o pé do plenário da Câmara dos
Deputados até a votação do projeto. Ou seja, mais do que nunca, a vinculação
dos recursos petróleo à educação e à saúde é uma vitória do povo brasileiro, em
especial dos jovens que tomaram as ruas do país", afirma a entidade em
nota, pedindo mais mobilização até que o Senado aprove os mesmos projetos.
"É hora de aproveitar a força das ruas e transformá-la em novas e
duradouras conquistas sociais."
fonte - CNTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário