Presidente do SISPUMT, Participa do Fórum em
Defesa da Previdência Social e da luta contra PL 1992/07
|
A Presidente do SISPUMT, Francisca
Rodrigues do Santos Gadelha, participou, no último dia 03 de fevereiro das 8 às 17 horas, no
auditório do Ministério da Fazenda (Rua Barão de Aracati, 909 - Térreo.
Fortaleza - CE) do Fórum
Estadual em Defesa da Previdência Pública. A presidente se mostrou muita preocupada no
caso de aprovação deste projeto de lei, pois segundo trará grandes prejuízos para todos
trabalhadores do serviço público.
ENTENDA A NOTÍCIA:
Na prática, o PL vai limitar o valor dos proventos de aposentadoria e
das pensões ao teto do INSS, atualmente em R$ 3.689,66, e instituir a
previdência complementar para futuros servidores civis da União. A mensagem
que acompanha o projeto informa que o objetivo é “reduzir o volume de
recursos públicos alocados à previdência do servidor público, de forma a
permitir o aumento da capacidade de gastos em áreas essenciais à retomada do
crescimento econômico e em programas sociais”.
O Fórum em Defesa da Previdência Social argumenta que a
aprovação do PL 1992/07 representará, por um lado, perdas de receitas e, por
outro, aumento das despesas públicas. São vários os argumentos contra o
projeto. O Estado perderá receitas na proporção de 11% sobre a parte dos
salários dos servidores que exceder a R$ 3.689,66. Além disso, a despesa
orçamentária aumentará porque o Estado terá de aportar recursos a esse fundo
de pensão correspondente a 7,5% da parcela dos salários dos servidores que
exceder ao teto do INSS. E, por fim, o PL autoriza a União a realizar um
aporte inicial de recursos no montante de R$ 50 milhões a título de
contribuições futuras.
“Ao instituir o Fundo de Previdência Complementar, o PL fragiliza os vínculos do Estado com seus servidores, quebra o pacto de solidariedade entre gerações de servidores públicos ativos e aposentados, inviabiliza as lutas pela paridade e integralidade das aposentadorias concedidas sob as regras do regime atual de repartição, exacerbando o individualismo e a competição no serviço público;
·
O PL beneficia somente
os interesses do “mercado”, uma vez que, ao transferir recursos do Estado
para os mercados financeiros de capitais – via aporte de recursos do Estado e
de seus servidores ao fundo de previdência complementar a ser instituído –
aumenta o déficit público e descuida-se dos preceitos previdenciários, para
cuidar da administração do fundo criado;
·
Os servidores públicos
submetidos a esse regime vão arcar com os riscos do mercado financeiro para
receber a aposentadoria complementar e podem ficar a ver navios, como
aconteceu com os servidores públicos do Chile e com vários trabalhadores
americanos que apostaram nos mercados de ações e desubprime para aplicar suas reservas
previdenciárias, entre outros.
|
O projeto tramita em regime de urgência no Congresso
Nacional, propondo a regulamentação de um fundo de pensão - FUNPRESP - para
estes servidores, dando mais um passo em direção ao processo de desconstrução
da Previdência Social dos servidores públicos brasileiros.
O Governo Dilma alega que a proposta visa reduzir
o aporte de recursos públicos aplicados à Previdência desses servidores. No
entanto, este fundo de pensão, caso aprovado, será extremamente prejudicial
para os servidores em questão, que não somente ficarão à mercê dos interesses
do mercado, bem como terão a quebra do pacto de solidariedade entre gerações de
servidores públicos ativos e aposentados, e terão inviabilizadas as lutas pela
paridade e integralidade das aposentadorias concedidas sob regras do regimento
anual de repartição, exacerbando o individualismo e a competição no serviço
público.
Palestrante -Sérgio Miranda - Professor, foi
deputado Federal por Minas Gerais por quatro mandatos, entre 1993 e 2006, e
chegou a ser indicado como um dos mais influentes da Câmara dos Deputados pelo
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
Palestrante-Roberto Piscitelli - Mestre em
Administração, com área de concentração em planejamento governamental (UnB),
professor da Unb e Consultor Legislativo, coordenador do núcleo de orçamento,
finanças e trabalho da Câmara dos Deputados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário